TREM BIKE - Uma grande história do cicloturistica para Ceará-Mirim edição 2012

Foi um grande sucesso o Trem Bike edição 2012.

Acordei pontualmente às 5h da manhã do sábado, dia 06 para ir ao evento do Trem Bike que a Associação dos Ciclistas do RN havia programado para a cidade de Ceará-Mirim. O dia estava maravilhoso, o sol despontava quando iniciei a pedalada da minha casa em Ponta Negra até o bairro da Ribeira.

Uma das minhas tarefas era levar a árvore de ipê-amarelo para plantar na cidade. Lá estava eu feliz da vida transportando a majestosa planta, pendurada na bike pela Via Costeira, de uma manhã daquela que você imagina nunca apagar da sua memória as imagens que registramos em momentos lindos.

Subi a ladeira da Pinto Martins e perguntei a um senhor que passava pela rua o horário? Ele me respondeu 6h10min, agradeci e feliz continuei subindo a ladeira, pois estava como havia me programado no horário.

Desci a ladeira de Marpas na Ribeira e em seguida passei em frente ao teatro Alberto Maranhão e da antiga rodoviária de Natal.

Na estação ferroviária Márcio Leite, já se encontrava com alguns ciclistas e logo todos chegavam com suas bicicletas, alguns de carro e suas bikes amarradas no transbike.

Confirmado por Márcio os nomes dos seguintes ciclistas: Ana Tereza, Augusto Rattis, Alídia Ribeiro, Antônio Carlos Costa, Bruna Del Vechio Koike, Felipe Augusto Ratis, Haroldo Mota, José Canutto, John F. Araújo, John Petras, Marcos Paiva, Marcos Neto, Mikael Marques Pereira de Lima, Márcia Leão, Marco Morais, Matheus Carlos Almeida, Marcelo Morais, Marli, Petterson M Dantas, Rochinha, Revoredo, Rui Sales, Shirley Soares Trindade, Sionaldo Eduardo Ferreira, Thalles Ulisses,Talita Stefani e Túlio Raposo.

Embarcamos na estação do trem, e no horário da partida tivemos um atraso. Aproveitamos para registrar várias imagens, e quem postou as fotografias de imediato no facebook, foi Augusto Rattis, que levou seu filho Felipe. Quem aproveitou também para levar a família foi Revoredo com o filho Ulisses e Stefani, Marcos Paiva levou a esposa Ana e o filho Marcos Neto.

Finalmente com as bicicletas devidamente postas no vagão partimos em direção a cidade de Ceará-Mirim, liguei para o nosso guia Francisco comentando que estávamos atrasados, provavelmente às 8h45 estaríamos chegando.

Na última estação, descemos do trem, e quem nos aguardava era o “Barão de Ceará-Mirim” o nosso guia Francisco. Uma figura única no estado, que trabalha todo a caráter vestido como um verdadeiro “Barão”.

Para nossa surpresa quem nos aguardava também era Rochinha, havia partido de carro de Natal, depois da alegria do encontro, partimos atrás do carro da polícia da municipalidade.

Seguimos em direção ao Solar dos Antunes, onde hoje é a sede da prefeitura, para deixar as bicicletas e os livros que foram doados pelos ciclistas para a biblioteca da cidade, o prédio foi construído no ano de 1888 para ser a casa de festas e sarau do império.

O “Barão” agora nos guia para o mercado público da cidade onde havíamos de tomar nosso café da manhã. Imagine a feira no sábado no interior... estava lotada de gente e a conversa rolava solta no ar. É muito prazeroso vivenciar cenas de mercado público, onde encontramos várias pessoas na sua inteira simplicidade, inúmeros tipos de alimentação e uma infinidade de coisas feitas artesanalmente.

Em ambientes diferentes do mercado, todos se dividiram para fazer suas refeições: Shirley, eu, Rochinha, Marli e Revoredo ficamos no box de dona Dalva, uma senhora super simpática.

Bruna, Sionaldo, John, Matheus e Túlio num box mais atrás do mercado. Márcia, Canutto, Marcelo e Alidia no centro. Rui, Belizário, Peterson, Marco também. O mercado público é um dos mais antigos do Brasil, fundado no ano de 1881, com uma tradição no artesanato e na comida do vale de Ceará-Mirim.

Em seguida voltamos para panhar as bicicletas na prefeitura e pedalar para desfrutar da beleza da região. A próxima parada foi a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, considerado o maior templo católico do RN. A vista é imensa do alto da igreja.

A outra parada foi na Casa Grande do Engenho Guaporé um solar com arquitetura neo-clássica. O “Barão” abre a casa é diz aos ciclistas “construí essa casa como casa de veraneio”. O prédio pertence ao acervo da fundação José Augusto e foi denominado Museu Nilo Pereira, está totalmente abandonado.

Outro engenho visitado foi  o Verde-Nasce, que possui ainda a cerca original de ferro, vinda da Inglaterra e possui o tumulo da jovem Emma, inglesa esposa do herdeiro Victor Borroca.

Depois de algumas pedaladas, é a hora de tomar caldo de cana com pão doce, no engenho Mucuripe, neste momento todos já estavam com muita sede, o pessoal comeu e bebeu a vontade. O Barão nos explica todo o processo de produção da rapadura de engenho, até um certo tempo atrás produzia uma das melhores rapaduras da região, fabricadas em máquinas originalmente a vapor adaptadas à energia elétrica.

Já se passava do meio dia, e voltamos para a cidade, onde almoçamos num restaurante próximo a estação. Depois fomos conhecer a fonte do imperador, onde alguns ciclistas não resistiram e se deliciaram nas águas límpidas da fonte.

Já era hora de partir, mas antes havíamos acertado para fazer o plantio do ipê amarelo, o “Barão” escolheu um canto próximo a fonte e foi lá que tentamos cavar para o plantio, não sendo possível, pois a pá e a enxada não ajudaram. Deixamos a responsabilidade para o Barão!

Já era hora de retornar, às 14h25 voltamos para Natal e embarcamos no vagão, com mais uma fabulosa história.

Agradecemos a todos os ciclistas que foram a esse mágico passeio, como também enaltecer o trabalho desenvolvido por Francisco Ferreira interpretando o personagem do “Barão de Ceará-Mirim”, desenvolvendo um grande diferencial no roteiro turístico da região com seu talento de acolher bem e repassar como num filme a rica história da região do vale e os seus antigos moradores donos dos engenhos e os vários personagens.

(iremos mais tarde inserir outras fotos no texto).